O PECADO DA INSENSATEZ
No mundo cheio de engano,
Tanta dor e escassez,
Vejo o mal se alastrando
Como fera de altivez.
E concluo com firmeza:
Não é falta de esperteza...
O homem peca não por ignorância,
Mas por insensatez.
Não é que ele não conheça
O caminho do perdão,
Nem que nunca tenha ouvido
De Deus a exortação.
É que escolhe seus desejos,
Troca os céus por seus lampejos
E faz morada no chão.
Sabe o certo, mas prefere
O que brilha, o que seduz.
Negligencia o que é nobre,
Despreza o peso da cruz.
Ama o gozo passageiro,
E se entrega por inteiro
Ao que afasta de Jesus.
Conhece bem os mandamentos,
Tem acesso à luz do altar,
Mas vive como se Deus
Não tivesse onde morar.
Tanta Bíblia no ouvido
E um coração distraído,
Que só pensa em desfrutar.
O saber hoje é tão vasto,
Mas o juízo é bem raso,
O homem lê, interpreta,
Mas não vence o seu atraso.
Tem ciência e tecnologia,
Mas despreza a sabedoria
Do humilde e do bom passo.
Eis aí o grande drama
Dessa era tão voraz:
A verdade está à porta,
Mas o orgulho a desfaz.
Preferem mil teorias
Do que as claras profecias
Do Deus justo e eficaz.
Por isso eu canto em voz firme
Na viola que Deus me fez:
Não se engane, meu amigo,
Nem se esconda outra vez.
O pecado é decisão,
Nascido do coração...
O homem peca não por ignorância,
Mas por insensatez.