DEUS É AMOR E QUER QUE AMEMOS – 1 João 4.7-12
Deus não nos colocou neste mundo com o fito de que nos enriquecemos pessoalmente, acumulassemos bens materiais, fôssemos famosos ou alcançássemos status social. Não! Tudo isso é bom e, em alguns casos, até necessário; porém, tudo isso é temporal e perece com o tempo. Como vapor de fumaça, se esvai. O que mais importa na vida é o amor e a dedicação que devotamos uns aos outros e, principalmente, a Deus.
Podemos ser bem-sucedidos na vida, tendo tudo quanto queremos: casa, fazendas, carros, status, barcos, apartamentos nos lugares mais nobres e abastados. Mas, se não tivermos amor a Deus e às outras pessoas, então perderemos completamente o sentido relevante pelo qual Deus nos fez e nos colocou aqui neste mundo.
Amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos é a maior e mais significativa das lições deixadas por Deus, o Criador, e pelo próprio Jesus que, falando do amor, disse tratar-se do “maior dos mandamentos” (Mt 22.38). E nada pode ser maior ou mais importante do que Ele. E por quê? Porque Deus é amor. E o Seu desejo é que nos tornemos semelhantes a Ele. O amor de Deus é um amor incondicional. Ele não impõe ou exige qualquer condição. Ele ama, e pronto. É a sua natureza! Deus é amor! E nós devemos também amar uns aos outros, principalmente os nossos irmãos na fé — aqueles que pertencem e professam a mesma fé que nós.
Entretanto, quando somos apelados a fazer isso, nos confundimos e nos entrechocamos, porque o amor não é algo tão simples para nós como é para Deus. A nossa natureza pecaminosa aciona o nosso ego e, logo, pensamos em nós primeiro ou imaginamos uma barganha, uma troca: “Eu amo se me amarem primeiro... se fizerem isso ou aquilo... se me corresponderem.”
Já ouvi muitas pessoas dizerem: “Só amo quem me ama”, “Só ajudo quem me ajuda.” Atitudes assim têm norteado a vida de muita gente. São as nossas muitas — e tantas outras — condições para que possamos amar.
É algo intrínseco ao ser humano: pensar em si primeiro. Ele busca antes o próprio interesse, sem considerar que está prejudicando alguém. Há até um adágio popular que diz: “Farinha pouca, meu pirão primeiro.”
Por natureza, somos egoístas. Mas graças a Deus, em Cristo Jesus, essa realidade é mutável! Quando vivemos uma vida com Deus e para Deus, Ele, por meio do Seu Espírito, vai nos moldando, vamos sendo regenerados e aprendendo também a ser menos egoístas.
O verdadeiro amor de Deus em nós faz com que passemos a colocar as necessidades dos outros antes das nossas. Passamos a pensar primeiramente nas pessoas, em suas necessidades e problemas. O problema delas agora é nosso. Altruisticamente, fazemos o bem sem qualquer exigência. Damos sem esperar qualquer coisa em troca. Damos o que as pessoas precisam — não o que elas merecem!
Sabe o que isso quer dizer? Que não somos nós quem decide se uma pessoa merece ou não aquilo que estamos fazendo por ela. Temos apenas que fazer — e fazer com amor. O resto é com ela e Deus. Entendeu Pouca gente neste mundo compreende o verdadeiro significado da palavra “amor”.
As canções que falam de amor, na maioria das vezes, falam de um amor completamente egoísta. Dizem: “Eu preciso de você”, “Te quero”, “Quero ter você”, e outras coisas até piores e mais chulas. É puramente lascívia. É apenas o amor eros na sua pior forma, sem o ágape, o amor de Deus.
Esse sim é o verdadeiro amor: o amor em que me preocupo em servir você — não em como você pode me servir. É um amor que se opõe ao meu egoísmo. É preciso que aprendamos a amar. Sei que é difícil. Entretanto, esse amor de que falo vem de Deus, derramado a nós por meio de Sua graça.
É interessante porque a palavra graça, no grego (charis), quer dizer: favor imerecido.nNós não merecemos, mas Deus no-la dá. É assim que Deus quer que amemos também. A pessoa não merece, mas eu a amo. E isso somente é possível quando compreendemos esse amor de Deus. Quando disciplinamos nossa maneira de pensar e agir para um modo amoroso.
É difícil, eu sei — mas não nos é impossível. Então, vamos nos disciplinar a partir de agora. Vamos nos ensinar a amar primeiro. Vamos tirar o amor do papel e colocá-lo em prática — agora, neste instante — amando uns aos outros.
A partir de hoje, o AMOR será o tema do nosso boletim e dos sermões dos grupos caseiros. Todavia, é preciso que ele — o amor — saia das laudas e seja visto em nós e em nossas ações. Que tenhamos uma semana cheia de atitudes de amor e graça, e que Cristo converta os nossos corações por meio de Sua Palavra.
Autor: Jeovan Rangel