DEUSA CIBELE
Nos templos de Sardes, Cibele reinava,
Mãe dos mistérios, terra e emoção,
Velava os ritos com dissimulação,
Onde a verdade aos poucos se apagava.
Seu culto envolvia a alma acorrentada,
Promessa viva — mas morta em razão.
Enquanto dançava a falsa devoção,
A fé verdadeira jazia calada.
Mas eis que o Cristo à igreja dirige
Palavra viva, espada que corrige:
“Não durmas, vigia! Teu nome é vão!”
Rejeita o véu da deusa e seus altares,
Volta ao Espírito, aos passos originais,
Pois quem vencer vestirá salvação.
Soneto clássico inspirado na figura da deusa Cibele — associada às religiões de mistério, cultuada na Ásia Menor (notadamente em Sardes, à qual se refere Apocalipse 3:1-6).