FOBIA: UM SINAL DE DOR OCULTA NA ALMA
Fobia não é apenas um medo exagerado e irracional. É, antes de tudo, uma defesa psíquica contra uma dor emocional profunda que a pessoa ainda não aprendeu a encarar ou administrar. A mente, de forma inconsciente, protege-se dessa dor reprimida criando aversões intensas que muitas vezes parecem sem sentido à consciência. Já houve casos de pessoas que desenvolvem medo até mesmo de algo aparentemente inofensivo, como um passarinho.
Esses medos exagerados revelam conflitos inconscientes que a pessoa, muitas vezes, não compreende: "Eu não sei por que tenho esse medo tão grande..." — é o que muitos dizem.
A verdade é que "dói pensando que dói". Por isso evitamos pensar. Fugimos da dor emocional como forma de autopreservação. No entanto, evitar encarar esses sentimentos apenas prolonga o sofrimento. Conhecer a si mesmo é um dos maiores caminhos de libertação. E a pergunta essencial que cada um precisa se fazer é: Que verdade sobre mim mesmo eu preciso conhecer para me libertar desse sofrimento mental?
A resposta não está na superfície. É preciso mergulhar no passado, refletir, orar, fazer conexões. Relembrar a infância, a adolescência, os momentos difíceis e os sentimentos que os acompanharam: medo, tristeza, culpa, vergonha. O sintoma atual pode ser a ponta do iceberg de experiências não digeridas emocionalmente.
Nosso psiquismo, em momentos de dor, desenvolve mecanismos de defesa para sobreviver àquilo que parecia insuportável. Esses mecanismos muitas vezes são úteis por um tempo, mas com o passar dos anos, podem se tornar barreiras ao crescimento. O que antes nos protegia, agora nos impede de amadurecer.
Superar a fobia, portanto, não se resume a combater o sintoma. É preciso desmontar o quebra-cabeça da própria vida, identificar os eventos emocionais marcantes, compreender o que ficou mal resolvido, e principalmente, abrir-se para a verdade — a verdade que liberta.
Peça a Deus entendimento. Ore, reflita e esteja disposto a ver o que precisa ser visto. Quando conseguimos nomear a dor que nos habita, ela perde o poder de nos dominar.
