A MESMA MEDIDA
Por Jeovan Rangel
“Da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados.” (Mateus 7:2)
Essa advertência de Jesus é séria e direta: “Não julguem, para que vocês não sejam julgados.” (v. 1 – NVI).
Jesus foi severo com os religiosos do seu tempo porque eles se apegavam a minúcias e negligenciavam o essencial. Criticavam os discípulos por não lavarem as mãos segundo a tradição e condenavam o próprio Jesus por curar no sábado. Jesus, então, lhes responde: “Vocês julgam por padrões humanos; Eu não julgo ninguém. Mesmo que Eu julgue, as minhas decisões são verdadeiras, porque Eu não estou sozinho; estou com o Pai, que Me enviou.” (João 8:15-16 – NVI).
Diante disso, é preciso refletir com honestidade: você julga os outros pelos atos que cometem, mas a si mesmo pelas intenções que tem? Quando alguém age de maneira diferente da sua, você se apressa em censurar ou comentar? Quando uma pessoa não acompanha o seu ritmo ou não age conforme suas expectativas, você a rotula de preguiçosa, desinteressada ou incapaz? E mais: quando ouve uma crítica sobre alguém, você a repassa sem antes verificar sua veracidade?
Benjamin Franklin afirmou: “Decida não falar mal de pessoa alguma, nem mesmo quando o fato é verdadeiro; ao contrário, busque desculpar as acusações e, no tempo oportuno, diga tudo de bom que souber sobre todos.” Essa é uma postura rara — mas profundamente cristã.
Julgar é fácil; amar com verdade é o desafio. Se você realmente se importa com alguém que está indo por um caminho perigoso, e conquistou o direito de aconselhá-lo, faça isso em espírito de mansidão e amor. E lembre-se: esse direito só é conquistado quando há uma demonstração contínua de cuidado e genuína preocupação.
A régua com que medimos os outros também nos será aplicada. Que nossas palavras e atitudes sejam cheias de graça, verdade e compaixão.