VIVEMOS NO MUNDO DE PESSOAS IMPERFEITAS

Vivemos no reino das pessoas imperfeitas. “A esperança é o melhor conforto para a nossa condição imperfeita.” — Edward Gibbon.

Todos convivemos — ou um dia conviveremos — com pessoas imperfeitas. A imperfeição, seja técnica ou comportamental, é uma constante imutável da nossa natureza, e atinge a todos nós. O que fazer diante disso?

Uma boa disposição começa com o reconhecimento de que nós também somos imperfeitos. Somos imperfeitos nos relacionando com outros imperfeitos. Embora demande coragem, a humildade é privilégio dos sábios.

Nos nossos relacionamentos, podemos ser menos professores e mais alunos, aprendendo uns com os outros. Muitas vezes, um chefe exige de um colaborador desempenho exemplar, sem nunca ter investido em sua formação. Os bons não nascem prontos; eles aprendem. E como aprenderão, se ninguém lhes ensinar?

Muitos pais exigem dos filhos atitudes que nunca lhes ensinaram. Têm expectativas que jamais expressaram claramente. Muitos amigos cobram mudanças, mas não criam condições para que o outro se desenvolva.

Se queremos pessoas menos imperfeitas, precisamos cooperar para que melhorem. Se enfrentam dificuldades, devemos contribuir para que as superem.

Para que nossos relacionamentos evoluam — e, com eles, o ambiente em que vivemos e trabalhamos — precisamos ouvir a história do outro. Que oportunidades teve? Que feridas carrega no corpo e na alma? Que dramas superou? Que sonhos ainda guarda?

Ao conhecer sua jornada, talvez nos lembremos daqueles que, ao invés de nos julgar ou ignorar, nos ajudaram a crescer. Com generosidade, podemos fazer o mesmo por outros agora.