UM ANO SEM VOCÊ 

Hoje, 4 de abril, faz exatamente um ano que você se foi. E, desde então, não houve um só dia em que eu não tenha sentido sua ausência, em que a saudade não tenha apertado o peito, em que as lembranças não tenham tomado conta de mim. Você partiu, mas deixou marcas profundas, impressas na minha alma, gravadas em cada instante que compartilhamos.

Lembro-me de tudo com uma clareza quase dolorosa. Os momentos simples e grandiosos ao mesmo tempo. As nossas conversas, aquelas que se prolongavam madrugada adentro, carregadas de risadas, conselhos e confissões. As pescarias, onde o tempo parecia parar, e o mundo se resumia a nós, Silvio e Lindinho, entre redes lançadas e histórias trocadas. O som do seu riso ainda ecoa em minha mente, e sua voz amiga, sempre pronta a me oferecer apoio, ainda ressoa no silêncio dos meus dias.

Você foi mais do que um amigo. Foi um irmão, como gostava de ser chamado – e como realmente foi para mim. Nunca hesitou em estender a mão, em estar ao meu lado, em dividir comigo não só os momentos felizes, mas também os difíceis. Sua lealdade era uma rocha firme em que eu sempre podia me apoiar, seu coração, um abrigo onde encontrei conforto incontáveis vezes.

Agora, restam apenas as memórias e a saudade que insiste em me acompanhar. Mas, mesmo na dor da perda, sou grato. Grato por ter tido você em minha vida, por ter compartilhado tantos momentos, por ter sido agraciado com sua amizade verdadeira. E enquanto eu viver, você continuará presente, em cada lembrança, em cada sorriso que sua memória me trouxer, em cada pensamento que me levar até você.

Porque amigos como você não se vão por completo. Eles se tornam eternos.