SOLIDÃO TÃO SÓ
Sozinho ando em um vasto labirinto,
Onde o silêncio é quem dita a razão.
Meu peito ecoa o vazio indistinto,
O mundo cala, sem dar solução.
Na sombra fria do tempo que passa,
Procuro abrigo, mas nada me encontra.
A solidão, tão só, cruel me abraça,
E a alma vaga, perdida, sem contra.
O vento sopra segredos ao longe,
Mas sua voz não aquece o meu ser.
Sombras me cercam, silêncio responde,
E a noite escura insiste em me ter.
Ah, que esperança há de um dia chegar.
Solidão será o meu lar?
Soneto composto em 26 de maio 2018. Em casa, Prado, Bahia, Brasil.