NARRATIVA CAUSALISTA
Imponente ventura, o que fazes da minha vida?
Deste-me este adverso sendeiro para eu trilhar,
Procedimento que pespegas esta norma vigida,
Aos cantos do mundo fazes em porfiado aplicar.
Momentos de revolta exasperada e descabida,
Possa eu um dia este pecado infausto resgatar,
Para que o mundo veja que toda alma sofrida
É razão prima para que possamos evolucionar.
Não vejo este orbe sob a ótica da casualidade,
Que o destino pode com boa exêgese explicar,
O livre-arbítrio fêz-me apólogo da causalidade,
Interligados somos pela conexão sem observar;
São leis que regem o universo da humanidade,
Império de um fadário que ninguém irá mudar.
Tem por objeto a presente poesia mostrar que todo fato que existe, existiu e existirá, está sob a égide da causalidade, excluindo do seu entendimento, toda e qualquer possibilidade de o poeta nutrir exêgeses que as conduzem ao casualismo. Todo o universo está sob o jugo do princípio da conexidade, portanto, esta poesia é o retrato das veredas onde trilhamos, e, às vezes, não sabemos. Em casa conjecturando sobre os caminho que trilhei....