Olá amigo leitor, comecei a assistir uma nova série no Netflix: - Juana Inés, série mexicana que conta de pano de fundo o tempo colonial mexicano. Trata-se da história de uma grande escritora Mexicana, dos anos de 1600, onde tudo era proibido a mulheres inclusive ler livros, nesse tempo a inquisição estava no seu ápice e onde paira uma curiosidade a nós brasileiros... Como era o México naquele tempo de escritura barroca.
A série é em linguagem espanhola. estou assistindo assim, com legenda em espanhol para assimilar bem o que ocorre, também estou utilizando áudio descrição para ficar atento a língua e deste modo praticar um pouco a lengua hermana.
Confesso a vocês que estou amando a série, a fotografia, a interpretação da atriz principal, e este paralelo com o que ocorria aqui no Brasil, e lá no México, me fascinaram logo de cara. Sobre a desigualdade de genero, mas sobre a garra desta Escritora, que contra tudo e contra todos. Quis sim dar vida aos seus escritos, isto já para mim é mais que combustível para assistir esta série.
Finalizei a série, em estilo maratona, risos, foram sete capítulos de uns 50 minutos em média. Minhas impressões foram relativamente boas sobre a série em um todo. Posso dizer que existe unidade, ou seja, ela começa e finaliza-se com qualidade linear. O ponto fraco foi o retrato do lesbianismo que não me agradou; mas realidade histórica e inegável. Mas assisti sem ofender-me que já é um bom começo. A série retrata a vida católica em meados de 1670 a 1697 no México. No entanto não vi nenhuma citação bíblica no período da série. Não vejo como defeito, vejo como curiosidade, só vi intertextualidade nos episódios finais quando o religioso exemplifica o ramo que é retirado da 'videira' e serve de 'convencimento' para a escritora desistir de sua vida 'de escrita' para voltar-se a religião. O ponto alto foi a qualidade de atuação das atrizes que representara Sor Juana. O confessor dela. E o 'vilão' da série que (creio eu) representou bem a severidade da igreja naquele momento