Saudade do teu brilho, ó velha amiga,
ao som do violão que ecoa a noite inteira,
com chimarrão ao lado de uma fogueira,
que chora brasas ao som de música antiga.
Estendes teus encantos por sobre a eira,
onde o cansaço sob tua luz se abriga,
malhando o trigo que a dor sempre obriga,
sob pés feridos de uma vida inteira.
As noites contigo sempre me encantaram:
tristezas, desencantos, males que enfrentei,
em águas de moinhos já se apagaram.
Sempre bela, no negror do vasto céu,
em versos eternos a ti sempre cantarei,
indrisos, sonetos que muitos já rimaram.
Jeovam Rangel
29/12/2009