DO BARRO AO VERBO
UMA TRAVESSIA NORDESTINA DE PENSAMENTOS
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Textos

MOSAICO DE NUVENS 

 

Ventos que desprendem da palmeira as palmas,

Que vergam os esguios coqueirais,

Afagam meu rosto e me tornam absorto,

Rasgando do meu corpo o farrapo da alma.

 

Sibilas tua força em meu ouvido,

Fundindo-se ao marulho das ondas do mar.

Arranca do meu peito esse amor tão sofrido,

Pois, sem alma, já não consigo mais amar.

 

Ventos que me trazem o perfume dela

E nas nuvens esboçam seu rosto formoso...

A dor que me impões se faz moldura de tua tela!

 

Na obra do artífice que no céu se revela agora,

Mostras-te aos meus olhos como a arte mais bela.

E, em meio a essa aquarela, minha alma, alegre, chora.

 

Autor: Jeovan Rangel 

 

 

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À beira-mar, reminiscência e complacência se entrelaçam: ondas, ventos, céu azul salpicado de nuvens — instrumentos indispensáveis para o florescer da sensibilidade e o desvelar da alma.

 

A música? From This Moment – Shania Twain

 

Jeovan Rangel
Enviado por Jeovan Rangel em 05/06/2020
Alterado em 18/08/2025