DO BARRO AO VERBO
UMA TRAVESSIA NORDESTINA DE PENSAMENTOS
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos

VENENO DE UMA ROSA

Não floresceu a rosa...

Quem floresceu foi o dia!

O sol permanece vivo,

E, entre nuvens, em poesia,

Teu rosto então surgia.

 

Não há rosas no roseiral...

Mas há fogo no calor do sol!

Teu rosto — ramos seguros,

E a seiva, em tom maduro,

Veste o céu com arrebol.

 

A roseira já não dá...

Murchou sua cor, findou seu perfume.

Mas, do vazio da minha alma,

Transborda — viva e sem espuma —

Tua chama, que me inflama.

 

Na vida, não há escarmento,

Pois tua luz brilha em mim.

De ti vem todo o sustento;

E o brilho dos teus olhos,

Brilhará... até o fim.

 

Paixão... amor... gotejam,

Gotejam fartos dos céus!

Dos sonhos és o perfeito,

Que se esconde — feito enredo —

Por trás de um sutil véu.

 

Que me falte o mundo inteiro... que me importa?

Tenho-te, deusa de Vênus, soberana!

Nada me falta se me tens por inteiro.

Se morto, vivo; se vivo, agonizo,

No doce veneno que tua pele emana.

Jeovan Rangel
Enviado por Jeovan Rangel em 28/05/2020
Alterado em 29/05/2025