DO BARRO AO VERBO
UMA TRAVESSIA NORDESTINA DE PENSAMENTOS
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos

VOZ DO DIA

(Versão aprimorada)

 

Hoje... meu dia silenciou-se.

Não ouvirei o canto dos pássaros,

nem as canções que falam de amores.

Hoje... não regarei as flores dos jardins,

nem arrancarei dos meus lábios qualquer melodia

que ouse inventar, no meu peito, um vestígio de alegria.

 

Hoje... meu dia silenciou-se.

Não direi nada sobre as cores do arco-íris,

nem sobre os matizes que enfeitam a flora.

Chegou — sem aviso — a indesejada hora:

O apagar das luzes...

Dias negros, nuvens densas,

que se abatem sobre mim...

E, embora não seja ainda o meu fim,

sei... que estou morrendo... por ti.

 

Hoje... meu dia silenciou-se.

Pela ausência do doce dos teus beijos.

Pela farpa da separação cravada em meu peito.

Pelo veneno do desejo...

de ver teu corpo nu.

 

Hoje... morro.

Com teus pés pousados sobre minha alma,

e o manto negro da solidão sufocando minha calma,

impedindo meus olhos de encontrarem o céu azul.

 

Hoje... perdi meu amor inextricável.

E, por conta dessa dor irreparável...

meu dia... simplesmente... silenciou-se.

 

— Jeovan Rangel

Jeovan Rangel
Enviado por Jeovan Rangel em 27/05/2020
Alterado em 29/05/2025